CADA VEZ MENOS EMPREGO

A geraçao dos 700 euros queixava-se de ser mal paga mas o futuro parece ser ainda mais negro: o desemprego vai continuar a penalizar sobretudo os mais jovens, com a percentagem de pessoas entre os 15 e os 24 anos sem trabalho a manter-se acima dos 17% até 2012. Segundo um relatório da OCDE (Organizaçaoo para a Cooperaçaoo e Desenvolvimento Económico) divulgado ontem, o desemprego entre os mais novos vai atingir os 18% em 2011 e os 17% em 2012 na OCDE, ou seja, mais do dobro da taxa de desemprego total (o desemprego afectava 8,6% de jovens e adultos em Outubro de 2010). Na Europa, a taxa de desemprego jovem será ainda mais elevada: pode chegar aos 21% em 2011 e aproximar-se dos 20% em 2012.

O fenómeno tem acompanhado a escalada da taxa de desemprego total e agravou-se com a crise económica: a geração dos 15 aos 24 anos é a mais penalizada pela falta de criação de emprego e pela precariedade laboral. Desde que a crise começou, mais de 3,5 milhões de jovens ficaram desempregados na área da OCDE. A organização não duvida que "os jovens têm sofrido de forma desproporcionada com as perdas de emprego durante a crise económica global" e sublinha que estes números do desemprego não mostram as reais dificuldades dos mais novos. Os números reais dos inactivos não são contabilizáveis. "Muitos dos que deixaram os sistemas de ensino nem sequer aparecem nas estatísticas do mercado de trabalho", adianta o relatório.

Pelo menos 16,7 milhões de jovens dos 26 países desenvolvidos que integram a organização não estudam, não trabalham nem têm qualquer formação profissional. Entre esses, enquanto 6,7 milhões estão desempregados, 10 milhões estão completamente inactivos e já deixaram de procurar emprego.

"O mercado de trabalho congelou. Se não há criação de empregos, também não há novos trabalhadores a entrar no mercado", afirma Pedro Adão e Silva. Os números e as previsões do relatório da OCDE não surpreendem o investigador do Instituto Universitário Europeu. "Enquanto as economias não começarem a crescer, não vai haver uma dinâmica de criação de emprego", conclui.

Jovens mais penalizados porquê? A organização que reúne os 26 países mais de-senvolvidos do mundo estima que os jovens têm hoje quase duas vezes mais probabilidades de ficar no desemprego do que os trabalhadores adultos. Por que é que sempre que o desemprego sobe são os jovens com menos de 25 anos os mais vulneráveis? Num contexto de crise são criados menos postos de trabalho, logo as oportunidades de emprego diminuem e os vínculos precários aumentam. "Este desemprego jovem sente-se sobretudo entre os que correm pelo primeiro emprego, e encontram as portas fechadas, e os que acabaram por sair porque estavam em situação precária", justifica Adão e Silva. "Os adultos estão mais estáveis porque já lá estão e têm empregos de longa duração. Os jovens tentam entrar e não conseguem", sublinha.

Quase 11% dos jovens entre os 15 e os 24 anos na área da OCDE estavam inactivos em 2008. Desses, 33% estavam de-sempregados há menos de um ano, 7% há mais de um ano e 60% não estudavam, não tinham emprego, não faziam estágio ou frequentavam qualquer formação profissional.

O relatório da OCDE mostra ainda que a transição entre a escola e o trabalho é cada vez mais demorada. Na Europa, entre 2005 e 2007, pelo menos um em cada cinco jovens entre os 15 e os 29 estava em risco de aceitar empregos precários: 55% deles estavam fora do mercado pela falta de um diploma, por pertencerem a um grupo minoritário ou viverem em áreas rurais; e 45% não tinham um trabalho estável depois de terem começado a trabalhar há dois anos por via de um contrato temporário.

Risco de exclusão A OCDE defende que os governos devem investir em programas de apoio à procura de emprego e em medidas como a atribuição de subsídios às empresas para contratação de trabalhadores jovens. O secretário-geral da OCDE, Angel Gurría, em comunicado, não só sublinhou que a entrada dos jovens no mercado de trabalho vai "tornar mais forte a recuperação económica" como alertou para os riscos de exclusão de uma geração que não consegue obter ou conservar um primeiro emprego. "Investir na juventude é vital para evitar criar uma geração marcada pelo risco da exclusão de longo prazo. Podemos aprender com os países que facilitaram o acesso ao mercado de trabalho pelos mais jovens."

Portugal Previsões de estudos anteriores já faziam crescer a curva do desemprego entre os jovens portugueses até 2012. Um estudo do Eurostat revelava que em Setembro 19,9% dos jovens com menos de 25 anos e em condições para trabalhar não tinham emprego: 84 mil jovens num universo de 581 mil desempregados (jovens e adultos).

Em Abril, outro relatório da OCDE deixava o cenário claro: o desemprego jovem em Portugal vai ultrapassar os 20% até 2012, valor duas vezes superior à taxa de desemprego entre os adultos. Portugal teria na altura uma taxa de desemprego naquela faixa etária na ordem dos 21,1% (contra 16,1% em 2007): um em cada cinco portugueses entre os 15 e os 24 anos estava desempregado.

 
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